p0nd

No dia 16 de abril de 2010, o crítico de cinema Roger Ebert postou no site Chicago Suntimes, “Video games nunca poderão ser arte”. Esse momento foi o gás que impulsionou os desenvolvedores da The Peanut Gallery a desenvolver o jogo P0nd. Um game artístico reflexivo, feito só pra mostrar ao Roger Ebert que games também podem ser arte. 

Esse jogo é bem curtinho e tem um plot twist no final, então eu sugiro fortemente pra pausar esse vídeo e ir jogar, porque eu já vou falar do grande spoiler que ele tem. Pause. Agora.

Inicialmente esse jogo se apresenta como um game contemplativo, em que você só anda pela floresta e respira fundo, absorvendo toda essa energia positiva e à devolvendo pra natureza. Até que aparece um maldito polvo gigante, suga todas as suas energias positivas e começa uma surreal e épica luta entre os dois. Que mágico.

Bem… P0nd não é só pra tirar sarro com a cara do Roger Ebert e mais um ato de contracultura, que tira sarro do próprio jogo indie. Arte é um conceito muito subjetivo, então muitas vezes a controvérsia está em o que as pessoas em geral qualificam como arte. Lembro quando lançaram o jogo The Graveyard, em que a proposta é uma senhora de idade andando por um cemitério e no fim da caminhada ela senta num banco. Meio que só isso mesmo, deixando a interpretação em aberto. Muito se discutiu a respeito desse jogo, se não seria uma falsa profundidade ou só um jogo pra surfar na onda mais artística que era discutida na época.  P0nd está aí pra contestar esse tipo de mensagem, quebrando completamente qualquer expectativa e abraçando o nonsense. 

Se você pausou o vídeo e jogou, espero que sua experiência tenha sido plena. Se não pausou, te convido a pelo menos experimentar um pouco desse jogo sem noção, que é gratuito e roda direto do navegador.

Você tem que jogar p0nd

https://www.kongregate.com/games/peanutdre/pond

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