Jogos indies da RetroCon 2024
Vários jogos independentes na maior feira retrô do Brasil
Ando sumido né? Bem, além de jogos indies, ando consumindo muitos jogos antigos, que permeiam desde o Atari e vão até o 3DS. No meio dessa maluquice velha toda, eu resolvi botar o pé pra fora de casa e sair um poucos dos emuladores.
O que eu não esperava encontrar lá, é a quantidade incrível de jogos independentes maravilhosos. É inegável que vários indies flertam com o conceito de retrô, que podem ser desde a parte gráfica (pixel art é um lugar muito comum pros indies) quanto por conceitos ou gêneros que não foram mantidos pelas grandes empresas.
Fiquei assombrado com a qualidade de indies incríveis no evento, que foram o suficiente para lotar minha wishlist do Steam. Então, aí vão alguns destaques de projetos muito promissores que vi por lá:
Diesel Legacy: The Brazen Age
Vou começar por um dos mais impressionantes que vi por lá. Diesel Legacy é um jogo de luta para 4 jogadores. Na RetroCon eles tinham um arcade imenso, belíssimo, com 4 controles. Foi uma experiência extremamente positiva.
A ideia do jogo é ser um game de luta, 2×2 ou deathmatch, com mecânicas muito originais. Os jogadores lutam em três pistas diferentes, podendo trocar entre elas, como se fossem camadas ou linhas de combate diferentes. Isso deixa a luta muito fluida, trazendo uma camada a mais na complexidade da luta, dando mais alternativas para o jogador não ficar encurralado entre 2 inimigos ou saltar para essa pista, fazer alguns ataques à distância e recuar.
Mesmo sendo um jogo claramente muito competitivo, senti um clima de “jogo de festa” bem gostoso ali. Um elogio especial pra arte. Conversei com uma das artistas no stand, ela deixou muito claro o carinho e dedicação nessa parte do projeto. Sempre ressaltando que não estão usando nenhum tipo de IA durante o processo. Cada frame desenhado manualmente, pra garantir a qualidade.
Demonak: Hunter’s Initiation
Demonak é um jogo plataforma de ação com uma arte belíssima. Segue a linha visual de alguns outros clássicos indie, como Minit ou Gato Roboto, com uma estética preto e branco pixel art.
Achei uma jogabilidade muito bem refinada, com alguns detalhes sutis nos movimentos do personagem que fazem uma diferença absurda, detalhes como o personagem manter a consistência do ataque enquanto se abaixa ou manter a direção do golpe enquanto ajusta a direção durante um pulo. Isso mostra o cuidado dos desenvolvedores com o projeto. Sempre bom ver projetos promissores feitos na engine mais subestimada do mercado, meu queridinho Construct 3.
Infinitevania
Esse é um dos que não consegui testar no evento, mas sem dúvida era um dos que mais chamava atenção de todo mundo que passava por lá.
Como o próprio nome sugere, é um metroidvania. Seu foco é o combate, exploração e puzzles. Segundo os devs, eles tem um foco grande na história que vai ser contada ali. Já tem uma demo na steam, então é pedida obrigatória pra testar.
Kryh Explorer
Sempre fico um pouco chocado quando vejo um game ter uma arte tão envolvente, usando poucas cores. Um jogo de plataforma com progressão de habilidades e equipamentos.
Os Kryh são criaturinhas mineradoras de cristais que vivem uma vida monótona.
Explore o mundo, conheça outras raças, melhore seus equipamentos e customize sua toca.
Condenado: Sem saída!
Outro queridinho que gostei muito de jogar. É um game que segue a estética do Game Boy e vem com uma proposta parecida com indies já consagrados, como Super Meat Boy. Mundos curtos, difíceis e recompensadores. Conversei bastante com os devs sobre alguns detalhes de gameplay e quero me voluntariar para fazer os testes do beta. Foi um dos mais divertidos que joguei no evento, pela sua simplicidade e carisma.
Momo and the Mine
Um dos poucos jogos por lá que já estão 100% finalizados e à venda. É, sem dúvida, uma das artes mais bonitas que vi por lá (logo atrás do Diesel Legacy, porque meu deus do céu, que lindeza).
Um jogo de plataforma que segue uma linha mais próxima do Nintendinho, porém sem se fixar demais nos requisitos do sistema. Acho isso ótimo, porque abre brechas pra colocar refinamentos modernos que eram impossíveis nesses consoles. Destaque pra trilha sonora em chiptune, que o carinho e dedicação do compositor são claramente perceptíveis ali.
Jogue a demo, coloque na wishlist ou compre
Ainda tem mais alguns jogos que vi por lá, mas como não fui preparado pra dar de cara com tanto indie incrível, acabei falhando um pouco em anotar e captar tudo. À medida que for encontrando esse conteúdo, vou atualizando esse post.
Existem mais alguns projetos incríveis por lá, como o Experiência Odyssey e o Jataí, que literalmente são jogos retrô (feitos literalmente para Atari e Magnavox Odyssey). Além de um console brasileiro, de baixo custo, chamado Lo-Fi. São projetos tão incríveis, que merecem um post só pra eles.
Então, esse foi um curtíssimo resumo da RetroCon. Fui lá pra jogar uns jogos velhos e acabei me deparando com jogos independentes maravilhosos. Não podia deixar a oportunidade de falar deles aqui passar. Fico feliz de dar um alô pra vocês, depois de tanto tempo sem notícias.
Qualquer dúvida só deixar nos comentários.